Goiás Velho, ou Cidade de Goiás, ou, simplesmente, Goiás, foi a primeira capital do estado homônimo de Goiás, antes de Goiânia.

Seu conjunto arquitetônico foi tombado pelo Iphan em 1978, e reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2001.

Índice

Este post tem o seguinte conteúdo:

Breve história da Cidade de Goiás Velho

Em 1682, as bandeiras de Bartolomeu Bueno da Silva acharam ouro próximo ao Rio Vermelho. Mas foi em 1729, com as descobertas de ouro nas Minas Gerais e minas de Cuiabá, que resolveram voltar à região para encontrar mais minas, fundando o Arraial de Sant’Anna, como era conhecida a cidade na época.

Eventualmente, tornou-se Vila Boa de Goyaz, e deixou a capitania de São Paulo para ter uma sua: a de Goyaz. Ai que chique! Inúmeras melhorias foram feitas à cidade quanto aos edifícios, estradas, pontes e arborização.

Com o esgotamento do Ouro, estagnou-se e reorientou suas atividades para a agropecuária. Hoje, sob o nome Goiás, mantém seu centro histórico organizado e conservado, e suas tradições culturais vivas. Vale a pena visitar e conhecer.

Não deixe de ver o nosso vídeo de viagem sobre a Cidade de Goiás Velho acima! Tem as mesmas informações que este post, exceto que com belas filmagens que capturamos da cidade!

Estivemos lá por 2 dias e meio e conhecemos 20 lugares, como igrejas, praças, uma cachoeira lindíssima, um mirante e vários prédios históricos. Vem com a gente!

20 pontos turísticos para conhecer na Cidade de Goiás Velho

Casa da Cora Coralina

Site: Museu CORA CORALINA

É nesta casa que morou, durante a infância e a velhice, Cora Coralina, famosa e importante poetiza e contista goiana. Doceira por profissão, Cora escrevia com riqueza de detalhes sobre o cotidiano do interior brasileiro, sobretudo sobre Goiás!

Sua casa, às margens do Rio Vermelho, foi transformada em museu com objetos antigos e relevantes relacionados à poetiza, e é de visita obrigatória! Não pudemos gravar o seu interior, mas saibam que a visita é imprescindível.

Instituto Biapó

Site: Instituto Biapó (institutobiapo.com.br)

Ao lado da casa de Cora, há o Instituto Biapó, com exposições de artes rotativas. Vale a pena conhecer pelo local e pelas exposições! Entrada livre.

Cruz do Anhanguera

Não deixe de observá-la do outro lado da ponte, que corresponde ao marco inicial da entrada dos Bandeirantes em território goiano.

Pensa num povo corajoso. Imagina desbravar essa mata toda? O lobo guará poderia ter caído em cima haha!

Santuário Nossa Senhora do Rosário

Foi construída em estilo colonial em 1761, porém demolida e reconstruída em 1930 com estilo neogótico em sua fachada de pedras, fazendo-a se diferenciar das demais igrejas da cidade!

Em seu belíssimo interior, destacam-se as belas pinturas do Frei Nazareno Confaloni.

Mercado Municipal

Edificação de 1926 com lindos arcos, constituiu um ponto de comércio de grande relevância para a história da Cidade de Goiás. Em seu interior, há a Praça Vinícius Fleury, que um dia abrigou, em parte, uma rodoviária. Você vai encontrar desde lojas de artesanato, cachaçarias, docerias até ótimos restaurantes.

Há, por lá, duas estátuas de mulheres embaixo de um ipê amarelo. Uma é Cora, e a outra é Leogedária de Jesus, uma poetiza brasileira, negra, primeira mulher a publicar um livro em Goiás. Conviveu e trabalhou com Cora na redação do jornal “A Rosa”.

Que tal comer um empadão goiano raiz, típico da cidade. Para isso, recomendamos a Pastelaria Vila Boa, lá é uma delícia. Muuuito bom! De sobremesa, que tal o Bolo de Arroz da Dona Inês? Orgulhosamente o 1º e único da cidade!

Dá pra ver que é um lugar pra encher o bucho até explodir, certo?

Praça do Coreto

A Praça Dr. Tássio de Camargo tem um coreto de 1923. É linda e arborizada. Desde 1953, o coreto abriga uma sorveteria com sabores diversos, típicos do cerrado. Ótimo para o calor da cidade!

Aproveitamos para pegar picolés, um de cajazinho e outro de abacate! Delícia!

Lojas de Artesanato

Na região, existem várias lojas de artesanato local, como, por exemplo, a loja Artesanato Nativo. Tem vários objetos interessantes que você pode levar para casa.

Você também encontrará lojas que tem artesanato e doces, em um combo que é o melhor, não é? Quem não gosta? Vale a pena andar pela rua Moretti Foggia e entrar em cada lojinha de artesanato.

Matriz de Sant’Ana

Encontrada na Praça do Coreto, a Matriz de Sant’Ana é de construção iniciada em 1743 para substituir uma antiga capela, tinha falhas na construção e, por isso, desabou algumas vezes. Arruinada em 1929, teve suas obras concluídas só em 1998 após um novo projeto arquitetônico.

Seu interior é grande e belo, possuindo vários murais de Cerezo Barredo, que tratam de temas como escravidão, liberdade, pobreza, justiça e igualdade, retratando cenas com personagens da fé católica e de escravos e índios.

Museu de Arte Sacra e Palácio Conde dos Arcos

Próximos um do outro há o Museu de Arte Sacra, que é um museu dentro da antiga Igreja da Boa Morte, com exposições de arte sacras. Estava fechado.

Ao seu lado, o Palácio Conde do Arcos, que era a antiga sede do Governo de Goiás, de arquitetura barroca. Pode ser visitado em seu interior, mas também estava fechado.

Chafariz de Cauda da Boa Morte

Construído em 1778, visava dividir o abastecimento de água com um chafariz já existente, o da Carioca. Se chama assim porque seu aqueduto é em formato de cauda.

Foi construído em alvenaria de pedra com detalhes de pedra-sabão, e tem um pátio interno. Lindo, não?

Museu das Bandeiras

O Museu das Bandeiras foi construído no antigo edifício de Câmara e Cadeia, de 1766. Observa-se pelas paredes grossas e pelas janelas com grades muito bem protegidas!

Tornou-se museu aberto ao público em 1954, com a missão de preservar, pesquisar e comunicar a memória nacional da ocupação do centro-oeste do Brasil – que foi feito pelos bandeirantes, e daí o nome “Museu das Bandeiras“. Estava fechado em decorrência do covid.

Igreja de Santa Bárbara

Essa é pra quem gosta de subir escada! Localizada em um ponto alto da cidade, para acessá-la terá de subir ao menos 50 degraus.

Construída em 1775, não estava aberta quando fomos, mas pudemos ver o seu sino. Na época da seca, de lá também se tem uma bela vista da cidade.

Cachoeira das Andorinhas

Próxima de Cidade de Goiás e com 10 minutos de estrada de terra, chega-se na entrada da Cachoeira das Andorinhas. Com uma caminhada na trilha de apenas 450m, que, na sua parte inicial, é quase toda plana, e, ao final, tem uma descida, chega-se na fantástica cachoeira.

Ela é incrível porque tem uma fenda na qual se pode entrar, formando uma pequena caverna onde se forma uma cascata natural. É uma das cachoeiras mais belas que conhecemos. No calor de Goiás Velho, é um tanto convidativa, e possui também um poço para banhar. Vale muito a pena!

Entrada: R$25, 8h às 17h.

Mirante de Goiás

Na GO-070, você pode encontrar o Mirante de Goiás, ou Mirante João José de Barros. Tem um estacionamento e um letreiro típico com o “Eu Amo Goiás”, bom para fotos.

Para subir, o trajeto é simples, e pode ser feito até por quem tem problemas de mobilidade! De cima, tem-se uma vista da rodovia e também da Serra Dourada.

Parque Lago das Acácias

Lindo parque com um lago e várias lojinhas. Ótimo para conhecer, também na beirada da GO-070. Gostamos desse mirante de madeira, do qual se pode ter belas visões da serra.

Igreja Nossa Senhora de Aparecida

A Igreja Nossa Senhora de Aparecida foi construída em 1910, também fica às margens da GO-070. Lindíssima, fica em um ponto alto, acessível por escadas.

É um dos bens tombados da Cidade de Goiás, e tem as mesmas proporções em sua planta do que uma igreja em Alentejo, em Portugal.

Cemitério São Miguel

Site: Cemitério São Miguel – Arte Funerária Brasil (artefunerariabrasil.com.br)

O cemitério de Goiás é um exemplo de arte funerária. Por mais estranho que pareça ser visitar um cemitério, trata-se de um lugar para onde todos nós muito provavelmente vamos um dia.

Neste, os túmulos foram muito bem ornamentados para homenagear as personalidades que um dia viveram e fizeram Goiás ser o que é. Se der atenção às lápides, há de aprender muito. Destaque para o túmulo de Cora Coralina. No centro, há uma capela.

Espaço Ouro Fino Pizzaria & Restaurante

Que tal curtir uma boa comida no Espaço Ouro Fino? Tem pizzas, carnes e petiscos diversos, vale a pena.

Pedimos um filé mignon na chapa. Depois, de sobremesa, um maravilhoso petit gateau. Muito bom!

Café Jasmim – Empório e Bistrô

Mais um outro restaurante maravilhoso, com uma decoração impecável e preocupação com o meio ambiente.

Lá, pedimos um risoto de filé, e Liliam pegou um empadão goiano. Pedimos sucos, também. Ah, o lugar tem um pequeno terraço.

Café Cora

Na parte de trás da casa da Cora Coralina, fizeram um café! Lá, tem uma bela vista do jardim da Cora, e você pode pedir petiscos. Fomos de caldo.

Dicas de Viagem a Goiás Velho

Quando ir a Goiás Velho?

Você pode conhecer em qualquer época, Mas recomenda-se visitar entre maio e outubro, quando quase não há chuvas e as temperaturas da cidade, que é quente pra caramba, são mais amenas.

Como ir a Goiás Velho?

Como fica a 148km da capital, recomenda-se ir partir de Goiânia de carro ou de ônibus. Se optar por ir de ônibus, vai poder conhecer a maioria das atrações a pé. De carro é bem tranquilo, pois, de Goiânia a Goiás Velho, a estrada é duplicada. Se estiver indo de Brasília a Goiás Velho, vai gastar umas 5h, mas também poderá fazer o trajeto inteiro por estradas duplicadas.

Onde se hospedar em Goiás Velho?

Recomendamos a Pousada Chácara da Dinda. Ela é maravilhosa e bem localizada! Num lugar que antes era uma fazenda, os diversos quartos estão localizados em casas ao redor de um belo pátio.

Há estilo colonial por fora, enquanto por dentro é moderno, com ar condicionado e muito confortável. Tem piscina, uma linda ponte e uma área para tomar café da manhã, que, diga-se de passagem, é ótimo. A anfitriã é muito simpática. Recomendamos!

Vídeo de Goiás Velho

Não deixe de ver o nosso vídeo sobre Goiás Velho em nosso canal! É o mesmo conteúdo deste post, exceto que com várias tomadas em vídeo que, tenho certeza, irão gostar. Acessem!