Passeio por templos budistas no estado de São Paulo, incluindo Zu Lai e Odsal Ling, em Cotia, e o Kinkaku-ji do Brasil, em Itapecerica de Serra. Conhecemos, também, Embu das Artes.

A passagem pro Japão tá muito cara? Todos os preços em ienes na Terra do Sol Nascente fazem você considerar vender o seu próprio rim? Comprar uma passagem para a Ásia e visitar a China parece algo impossível? Pois seus problemas se acabaram! Sabia que tem como conhecer a Ásia que existe dentro do Brasil? Isso mesmo! Uma forma é visitando os templos budistas do estado de São Paulo. Em um final de semana, dá pra conhecer o templo chinês Zu Lai, o tibetano Odsal Ling, e o japonês Kinkaku-ji, hospedando-se em Embu das Artes, a cerca de 1h da capital.

É um passeio muito interessante para você, que mora em São Paulo, fazer. Em dois dias dá pra conhecer os três templos e ainda uma cidade bacana, também! Para você que não mora em São Paulo, também é uma boa opção, visto que basta um final de semana para conhecer esses lugares. Assim, uma passagem promocional cai super bem!

Não deixe de ver o nosso vídeo em 4K sobre o lugar em nosso canal! O vídeo tem 6 minutos e fala basicamente o mesmo que tem nesse post, exceto que com imagens deslumbrantes e animadas dos templos e da cidade de Embu das Artes!

Visitamos em Maio de 2019.

Índice

Este post tem o seguinte conteúdo. Você pode clicar e ir ao conteúdo desejado diretamente, se quiser.

Dicas de Viagem

Quando ir?

Os templos e a cidade de Embu das Artes podem ser visitadas durante o ano inteiro.
Todavia, visto que as áreas exploráveis dos templos e da cidade de Embu das Artes são ao céu aberto (principalmente o Kinkaku-ji, que tem uma trilha em meio à mata e uma descida, que certamente fica escorregadia caso esteja chovendo), recomendo uma época do ano em que é menor a possibilidade de chuvas. Neste caso, entre Abril e Setembro. Nós visitamos em Maio de 2019.
Considere, também, visitar entre julho e agosto, pois há a chance de ver caminhos floridos de cerejeiras no jardim do Kinkaku-ji, o que irá tornar a experiência ainda mais memorável!

Como ir?

Sugiro ir de carro. É a forma mais fácil e barata, também. Todos os templos citados possuem estacionamento gratuito. O que pode ser difícil é encontrar estacionamento em Embu das Artes, mas, hospedando-se na pousada que recomendamos, pode-se deixar o carro lá e conhecer a cidade a pé tranquilamente.
É possível ir ao Zu Lai, especificamente, de transporte público. Para informações atualizadas quanto a isso, visite o site oficial.
Templo Kinkaku-ji do Brasil, no Vale dos Templos, em Itapecerica da Serra.
Templo Odsal Ling, em Cotia.

Com que roupa devo ir?

Como são templos budistas, algumas regras de conduta se aplicam. Primeiro, não vá pelado. Até porque é proibido andar pelado no Brasil, independentemente de ser um templo budista ou não. Brincadeiras à parte, o ideal é simplesmente evitar shorts, saias, regatas, decotes e bermudas.

Onde se hospedar?

Visto que é um passeio para se fazer em 2 dias, sempre tem a opção de voltar a São Paulo a sua casa ou em sua hospedagem, mas eu não recomendo. Acho que ganha mais tempo se hospedando na cidade de Embu das Artes, que fica em uma posição central e conveniente com relação aos templos de visita sugerida neste post.

Nós nos hospedamos na Pousada du Valle, que possui excelente localização, próxima do centro, podendo-se ir a pé, e também com um salão de jogos para as crianças!

Jardinagem impecável do Kinaku-ji do Brasil.
É como estar no Japão!

Roteiro

Sábado

Templo Zu Lai

Entrada: gratuita
Site oficial: https://templozulai.org.br/pt_BR/

Saímos do aeroporto de Congonhas com um carro alugado até o Templo Zu Lai, este que é o maior templo budista da América Latina, e fica em Cotia. O estacionamento e a entrada são gratuitos. Se você tiver interesse em realizar uma visita guiada faça seu agendamento no site oficial.

Buda em frente ao templo Zu Lai.
A entrada do Templo Zu Lai.

Logo nos portões, há inúmeras imagens budistas. É um templo chinês, ligado ao monastério Fo Guan Shang, com raiz no budismo mahayana.

Andando um pouco se chega na escadaria que leva à entrada do templo! Compensa subir devagar pra apreciar. De fato, ele é enorme, ocupando 10 mil metros de área construída.

O pátio central é grandioso! E é legítimo, tanto que os arquitetos brasileiros envolvidos no projeto foram para a China para conhecer os templos da Dinastia Tang, e só tiveram de importar as telhas e o parapeito.

Escadaria da entrada do Templo Zu Lai.
Pátio do Templo Zu lai.

Vale a pena andar pelas suas salas e colunas, e sentir a energia boa que esse lugar proporciona. Dá pra participar de algumas atividades como acender um incenso para Buda e colocar pequenos bilhetes com pedidos em uma Árvore de Desejos. Aos domingos há práticas gratuitas de meditação e Tai chi, basta chegar 15 minutos antes para participar. Cursos de língua chinesa, artes marciais, meditação dentre outros são oferecidos por contribuições mensais. Não deixe de conferir as opções no site oficial.

Incensos para fazer um pedido.
Caminhos.
Almoço vegetariano do templo.

É possível que esteja ocorrendo alguma celebração. Quando estivemos lá, estavam sendo feitos os preparativos para o Vesak, comemoração do nascimento de Buda. A data muda a cada ano de acordo com o calendário lunar. Geralmente cai em maio ou início de junho. Acompanhe o site oficial e não perca esse evento gratuito totalmente imersivo na cultura budista.

Altar do Zu Lai.
Uma estátua de buda em um dos corredores.
A Árvore de Desejos.

Almoçamos em seu restaurante, que é vegetariano. A comida é ótima e custou, R$30 por pessoa na época.

Daí demos mais uma voltinha no templo e fomos até os seus jardins. É um jardim simples, porém belo e típico. Tem uma ponte que você pode atravessar e tirar ótimas fotos.

Ponte no Jardim Japonês do Zu Lai.

Templo Osdal Ling

Entrada: gratuita
Site oficial: https://www.odsalling.org/
Horário de visitação: sábados, domingos e feriados (10h às 16h, mas ligue para confirmar)

Seguimos, então, para o templo Odsal Ling, também em Cotia. Bem diferente do outro, super colorido, com elementos de arquitetura típicos do Tibet.

Escadaria do Templo Odsal Ling.
Lateral do Templo Odsal Ling.

A visitação é somente nos finais de semana, e, ao entrar, você tem um tour guiado gratuito. No tour, a guia te explica sobre as origens do templo, sobre os lamas, e sobre as práticas budistas disponíveis, inclusive, a alunos iniciantes.

Dá-se uma volta ao redor do templo. Em sua lateral, existem duas casas com rodas de oração, e tem-se a oportunidade de rodar em torno delas.

Roda de oração pelos obstáculos interiores.
Lateral do Templo.
Escadaria do Templo.

Também passa-se em sua frente, onde há uma estátua do Buda reclinado. Ele tem um caminho em sua volta, pelo qual os praticantes do budismo podem andar, sempre em sentido horário, fazendo suas orações.

Buda reclinado.
Entrada secundária do Templo.

É possível ver o seu interior, que é maravilhoso e indescritível, mas não se pode tirar fotos. De toda forma, encontramos algumas no site oficial, e você pode conferir lá. Há também uma loja com livros, vídeos e itens relacionados ao budismo tibetano. Não deixe de conhecer esse belo templo e seu mirante que é ótimo para fotos.

Domingo

Embu das Artes

Antes de ir pro próximo templo, o Kinkaku-ji, passamos a noite hospedados em Embu das Artes, que convenientemente fica no caminho, e aproveitamos a manhã de domingo pra conhecer a cidade.

Feirinha!
Balança a saia!

Embu das Artes, fundada em 1554, é chamada de “das Artes” e não é à toa: nos finais de semana, seu charmoso centro histórico é preenchido com uma grande feira de artesanato, tendo de tudo o que puder imaginar, desde plantas a enfeites, comidas gostosas e até acessórios para o seu pet. A vontade é de comprar tudo o que aparece na frente! É um bom passeio para você fazer e testar o seu espírito consumista!

Praça das Artes.
Igreja Nossa Senhora do Rosário.

Também no centro há a Igreja Nossa Senhora do Rosário, que abriga o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, que não poderíamos filmar.

No mais, é sempre bom andar pelas ruas e apreciar o colorido do seu centro histórico, ao mesmo tempo em que se aprecia a arte nas ruas dessa estância turística do estado de São Paulo.

Arte por todo lado!
Casinhas coloridas!

Recomendo muito, também, visitar o blog Meu Destino É Logo Ali, em seu post Embu das Artes: Uma Cidade que exala arte até no nome para informações mais detalhadas sobre a cidade. Muito bom o post!

Kinkaku-ji do Brasil

Entrada: R$5
Site oficial: não há.

De tarde, seguimos com o carro até Itapecerica da Serra, na região do Vale dos Templos, para o não menos do que fenomenal Kinkaku-ji do Brasil. Ele possui uma réplica do templo dourado homônimo em Kyoto, que logo mostraremos.

Entrada do Templo.
Pela trilha.
Na entrada.

No portão deve-se pagar uma entrada de R$5, e aí tem-se uma trilha em meio a jardins japoneses lindíssimos. Parece que um portal te joga lá pro outro lado do planeta!

Muitos cantinhos lindos!
Túmulos.
Cachoeira na trilha.

A trilha é uma descida relativamente íngreme, mas, para pessoas com dificuldade de locomoção, há uma estrada que leva até o templo ao final. De qualquer maneira, se você tem como fazer a trilha, não deixe de fazê-la. Há uma parte com túmulos de granito com inscrições em japonês. Há também algumas pequenas cascatas, que dão a maior paz ao lugar. E aí você desce e desce, sempre lembrando que, depois, terá de subir!

Primeira visão do templo.
A mata é densa!
Os caminhos são tranquilos, desde que não tenha dificuldades de locomoção.

Daí finalmente chega no belíssimo templo Kinkaku-ji, que é de uma beleza absolutamente estonteante. É possível entrar nele e subir nos andares superiores. Seu interior abriga um cinerário, e é provável que você encontre pessoas lá dentro rezando pelos seus parentes ou conhecidos que já se foram.

Lateral do templo.
Lindíssimo o templo!
Caminho de cerejeiras não floridas.

Passa-se por um caminho de cerejeiras que afloram entre julho e agosto. Do jardim, dá pra observar o templo em meio ao lago.

Templo Kinkaku-ji do lado de cá.
Templo Kinkaku-ji do lado de lá.

Templo Enkoji

Entrada: a entrada é junto do Kinaku-ji
Site oficial: http://temploenkoji.org.br/

Andando um pouco, você dá de cara com um outro templo ao lado, o Enkoji, um templo zen budista de caráter ecumênico, e também tem-se uma vista do Kinkaku-ji do lago.

Fachada do Templo Enkoji.

Não estava aberto a visitação, então só pudemos vê-lo do lado de fora. Mesmo assim, é pra se apreciar, pois é belíssimo!

Lugar lindíssimo, sem dúvidas. Ao fim, é necessário subir, e isso envolve bastante esforço físico! Muito bom!

Se gostou desse post, não deixe de ver o nosso vídeo em 4K no canal sobre os templos. Acesse!