Montreal: O Monte Real

Montreal, a segunda cidade com mais habitantes que falam francês, perdendo somente para Paris. É, também, a grande metrópole da província do Quebec, no Canadá. Uma cidade com muito, muito o que fazer!

Visitamos durante 3 dias na primavera, vimos muita natureza e também conhecemos muito de sua vida cultural e artística, que Montreal tem de sobra, assim como apreciamos a beleza magnificente e espiritualmente pacificadora de seus templos religiosos. Esse é o nosso roteiro!

Não deixe de ver o nosso vídeo sobre a cidade de Montreal. É um vídeo de 10 minutos, e falamos basicamente sobre tudo o que tem nesse post, só que com imagens bem bacanas!

Nós visitamos Montreal em maio de 2019.

Índice

Este post tem o seguinte conteúdo. Se preferir, vá direto ao conteúdo desejado clicando nele!

Dicas de Viagem para Montreal

Quando ir?

Depende do que você quer ver.

Antes de mais nada, saiba que essas datas de estações que menciono este post não são as oficiais. A realidade é que inverno domina no país! Não vá achando que, pela primavera começar no fim de março na maioria dos países na Europa, que será uma época florida e cheia de sol. Pelo contrário! Vai ter neve, ainda. Então, é melhor dizer que a primavera começa em maio, por exemplo.

Dito isso, vamos falar sobre as épocas do ano com relação às estações e a alta temporada.

Inverno

No Canadá, temos 6 meses de inverno, que vão de novembro a abril. Nessa época, a expectativa é de frio e neve, especialmente em fevereiro, em que as temperaturas podem chegar a – 30°C. Quem não gosta de frio não deve ir nessa época.

Primavera

De maio a junho ocorre a primavera. A cidade poderá estar cheia de flores — tulipas e algumas sakuras — sendo uma boa época pra conhecer, mas ainda é um pouco frio e chuvoso.

Verão

De julho a agosto temos o verão. É alta temporada, então tudo estará cheio e caro. Dias de sol são mais comuns e as temperaturas podem chegar a 40°C.

Outono

Setembro e outubro são o outono. As folhas de Maple da bandeira do Canadá estarão abundantes, e as cores do outono dominarão a paisagem. É a época que os moradores mais recomendam pra conhecer o seu país.

Nós fomos em maio de 2019.

Quanto tempo ficar em Montreal?

Recomendo de 3 a 5 dias. Não menos do que 3! É uma cidade grande e com muito pra fazer e conhecer! Nós ficamos 3 dias inteiros.

Onde se hospedar em Montreal?

Visto que a cidade é bem irrigada de transporte público, recomendo ficar próximo de alguma estação de metrô, de preferência nos bairros Centro, Old Montreal ou Plateau Mont Royal.

Como se locomover na cidade?

De todas as cidades que visitamos no lado leste do Canadá, Montreal é a que tem a melhor infraestrutura de transportes. Você pode se locomover lá de várias formas, e os transportes são integrados. Por exemplo, o metrô e o ônibus têm o mesmo ticket, que pode ser utilizado em conexão. Se eu compro um ticket de metrô, por um tempo eu ainda posso usar o mesmo ticket para o ônibus, e vice-versa.

Sendo assim, as opções são:

  • De metrô: são muitas estações que interligam a cidade. Elas, inclusive, ligam a cidade à Ile de Saint-Helene, e também à cidade vizinha, Longueuil.
  • De ônibus: pontos que não são visitáveis de metrô são visitáveis de ônibus, lembrando que há integração com os tickets do metrô.
  • De uber/lyft.
  • De bicicleta: As bicicletas que estávamos alugando eram da Bixi, e tem terminais como esse praticamente a cada 2 quadras. Pode pagar por trecho ou por 24h. Se pagar por 24h, tem que, a cada 30 minutos, devolver em alguma estação, mas pode tirar de volta 5 minutos depois. Dá pra pagar com cartão no próprio terminal. Você ganha uma senha, e digita ela aqui para retirar. É muito tranquilo e os motoristas respeitam o ciclista!

Dica: podem ser comprados tickets de ônibus dentro do ônibus, ao entrar, mas é necessário ter o valor EXATO da passagem em moedas. Então é melhor comprar antes. Lembrando que os tickets de ônibus são os mesmos dos tickets de metrô.

Roteiro de 3 dias em Montreal

Dia 1

Parque Olímpico de Montreal

Site: https://parcolympique.qc.ca/en/

Pegamos o metrô até o Parque Olímpico de Montreal, onde ocorreram as Olimpíadas de 1976. Muito bem conservado, sua principal atração é subir a sua torre, de onde se tem uma bela vista da cidade. Não chegamos a subir!

Jardim Botânico de Montreal

Site: http://espacepourlavie.ca/en/botanical-garden

De lá, seguimos ao Jardim Botânico de Montreal. Logo na entrada, em meados de maio, se recepciona os visitantes com um mar de tulipas impressionante. Reservamos quase um dia inteiro para conhecer.

O Jardim Botânico de Montreal ocupa uma área de 75 hectares, sendo um Sítio Histórico Nacional do Canadá, e considerado um dos jardins botânicos mais importantes do mundo. Foi aberto em 1931, servindo para educar o público em geral e estudantes, além de ajudar a preservar espécies da flora em perigo de extinção.

Começamos conhecendo a sua estufa. Nela, cada área reproduz um ambiente com a flora de diversas partes do mundo, então espere por ver uma grande diversidade de plantas em meio a um paisagismo de primeira.

A parte do México, por exemplo, conta com hermosos cactos e com arcos da arquitetura típica do país, enquanto a japonesa tem bonsais magníficos. Não dá pra perder!

Fomos seguindo pelas diversas áreas do jardim, que é gigante. As que mais nos chamaram a atenção foram essas.

Jardim Chinês

Primeiro, o Jardim Chinês. Desenhado por um chinês, nele você encontrará muito da arquitetura chinesa com as linhas da Dinastia Ming: lindas pagodas e casas, sendo que, em uma, há bonsais e peijings.

Jardim Japonês

Segundo, o Jardim Japonês. Desenhado por um japonês, este tem uma casa japonesa, mas é mais focado na flora diversa do país.

Jardim das Primeiras Nações

Terceiro, o Jardim das Primeiras Nações, que honra as tradições indígenas de quem estava no Canadá antes.

Catedral Notre-Dame de Montreal

Site: https://www.basiliquenotredame.ca/en/

As seguir, fomos para o centro. Chegamos na Place d’Armes, onde há a Catedral de Notre Dame de Montreal, e o Monument à la mémoire de Paul de Chomedey.

De fora, a Basílica de Notre-Dame tem suas semelhanças com a basílica de Paris, afinal, ambas dividem o estilo gótico, têm duas torres nas extremidades da fachada e se localizam em uma praça. Por dentro, todavia, é totalmente diferente. Lindíssima, como a outra, mas diferente! A basílica foi construída ao longo do século XIX, e se manteve como a maior igreja das América do Norte por 50 anos.

O objetivo era assistir ao show de projeções Aura dentro da Catedral, que ocorre em dois horários: 18h e 20h Não pudemos filmar, mas foi uma das coisas mais lindas que vimos na vida. Eu poderia ficar aqui falando que é maravilhoso, incrível, inacreditável, e que até os pelos mais escondidos do meu corpo se arrepiaram (com todo o respeito…), mas o melhor mesmo é assistir ao trailer do espetáculo no vídeo abaixo para ter real noção do negócio:

Para assistir ao espetáculo Aura, é imprescindível comprar os ingresso antes! É possível fazê-lo acessando o site oficial do espetáculo Aura aqui. Nós compramos os ingressos no dia mesmo, mas pela manhã, no site. Todavia, se estiver visitando a cidade no verão, é melhor comprar com mais antecedência ainda, hein? Ah, e não pode se atrasar. Eles não deixam entrar atrasado.

Curiosidade: 11 milhões de pessoas visitam a Catedral de Notre-Dame de Montreal por ano, contra 12 milhões por ano da Notre-Dame de Paris.

Rue St. Paul

Daí andamos pela rua St. Paul, uma importante do centro histórico. Mas não deu pra aproveitar muito porque tinha bastante coisa em reforma!

A Rue Saint Paul é a mais antiga de Montreal, tendo sido inaugurada em 1673. Tem seu nome em memória ao primeiro governador da cidade, Paul de Chomedey de Maisonneuve. Foi a primeira a contar com iluminação a óleo, tem vários edifícios de prestígio e muitas, muitas lojas!

Chinatown

Desviamos e passamos pelo Chinatown. Não tínhamos tempo para andar muito sobre ela, mas devo dizer que, até o momento, foi um dos Chinatowns mais legais que conheci. Com muitos restaurantes e lojinhas, a vontade era de parar para comprar tudo. Mas, como a gente tinha coisa pra ver pela frente e o sol estava se pondo, tivemos que nos apressar.

Os primeiros imigrantes chineses vieram para Montreal em 1877, e começaram a se estabelecer nessa região. Somente em 1902 o bairro foi designado oficialmente. Tem várias lojas de souvenirs, mangás, restaurantes chineses e vietnamitas, uma igreja e até um hospital chinês.

Place Vauquelin

Fomos, então, ao Champs de Mars de Montreal, onde há a Place Vauquelin, sendo que de um lado há a prefeitura e de outro há o prédio das finanças.

A praça foi feita em homenagem ao oficial da marinha francesa Jean Vauquelin.

Chatêau Ramezay

Site: https://www.chateauramezay.qc.ca

Passamos na frente do Château Ramezay, que foi a primeira construção do Quebec e hoje é um museu.

O Château Ramezay foi construído em 1705, e serviu como residência do governador Claude de Ramezay. Após sua morte, de lá pra cá, a casa serviu de sede do exército continental em 1775, depois voltou a ser residência do governador em 1849, passou a ser a primeira faculdade de medicina da Universidade de Montreal em 1878, e, hoje, é um museu. Tem uma coleção de 30.000 objetos em seu interior, o que inclui manuscritos, obras de arte, obras impressas, gravuras e móveis.

Place Jacques-Cartier

Exploramos a Place Jacques Cartier, uma praça animada e cheia dos barzinhos!

A Place Jacques-Cartier, de 1847, é uma entrada para o antigo porto de Montreal. É uma zona livre de carros no verão e conta com vários quiosques e artistas de rua, e isso acaba atraindo turistas. Tem diversos restaurantes com terraços ao estilo clássico parisiense, que permite jantar isso ao ar livre. Lembrando, claro, que, tudo isso, fora do inverno. No inverno o frio é de congelar a alma! Haha!

La Grand Roue de Montreal

Site: https://www.lagranderouedemontreal.com/en

Por fim, caminhamos até a La Grande Roue de Montreal, a roda gigante de Montreal. Você pode dar uma voltinha nela, se quiser. Mas nós optamos por ficar sentados em uns pufes em sua frente, que permitem ficar olhando pra ela. O único problema era o frio. A vontade era de ficar em posição fetal, haha!

A roda gigante no porto de Montreal talvez seja a coisa mais nova que verá por essas bandas.

Dia 2

Oratório de Saint Joseph

Site: https://www.saint-joseph.org/en/

Começamos conhecendo o fabuloso Oratório de Saint Joseph, imponente por fora e por dentro, destino de peregrinadores. Sobe-se de carro ou por uma escada, que os peregrinadores fazem de joelhos.

A basílica foi construída de 1924 a 1966 no ponto mais alto de Montreal. Já teve uma visita do Papa em 1984. Seu fundador, o irmão André, foi canonizado, sendo, portanto, Santo André.

Há vários andares para explorar.

No primeiro andar, tem-se a Igreja Cripta, de estilo neoclássico. Ela tem belos trabalhos de madeira de carvalho, luminárias e arcos ornamentais no teto.

Seguimos para a Capela Votiva, com várias velas que simbolizam as orações dos peregrinadores.

Passamos pela Pedra do Mount Royal, esse caminho dramático com uma linda estátua da Virgem Maria. Subimos e demos uma passada pelo terraço, donde se tem uma bela visão da parte residencial da cidade. E, então, subimos até a majestosa basílica. É interessante porque, embora o exterior seja neoclássico, o interior é contemporâneo, moderno, de granito. É simplesmente gigante e repleto de arte moderna por onde se olha.

Saímos por uma portinha do canto para ver o Oratório em outra perspectiva, e também para conhecer a capela original do Mount Royal, que estava ali antes do oratório. É pequena, mas tem um belo altar no andar de baixo. No andar de cima, há o quarto do irmão André, que fundou o oratório.

Voltamos para dentro do oratório e vimos mais algumas obras. Há, também, um museu, de entrada paga, a que não fomos.

Biosfera de Montreal

Site: https://www.canada.ca/en/environment-climate-change/services/biosphere.html

Pegamos o metrô e fomos até a Île Saint-Helene, uma ilha no meio da cidade. Lá, fomos até a Biosfera de Montreal, que é essa estrutura que abriga um museu dedicado ao meio ambiente.

A cúpula da Biosfera de Montreal é a maior do seu tipo no mundo, sendo feita de aço e tendo 76m de diâmetro e 61m de altura. É um marco na história da arquitetura contemporânea. Inicialmente abrigou uma feira, a Expo 67, e, então, passou a ter o museu, com exposições interativas pra entender questões ambientais relacionadas ao ar, água, desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e consumo responsável.

Tem várias salas com vários painéis e elementos interativos. Subimos até o terraço, pois de lá dá pra ver a skyline de Montréal. É um museu muito interessante, e inclusive um bom passeio para se fazer com crianças, sendo nos moldes do Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro.

Passeio de Bicicleta no Parc Jean-Drapeau

Site: http://www.parcjeandrapeau.com/en/

Depois disso, alugamos bicicletas para dar uma volta pela ilha, que tem muito para ver a fazer. Pela lateral, subimos até a ponta, onde há o La Ronde, um parque de diversões, e uma boa visão da ponte Belvedere Jacques Cartier. Voltamos passando pelo centro da ilha, pelo Parque Jean Drapeau, lindo e bastante verde.

Nele, há a Tour de Lévis, uma torre de 1930. Dá pra subir, mas estava fechada.

Seguimos pedalando pelo parque, aproveitando belas paisagens, e, depois, paramos em um lugar ao oeste para observar o pôr-do-sol na skyline de Montreal.

Depois, foi hora de andar um pouco mais de noite, para curtir o parque iluminado!

Cassino de Montreal

Site: https://casinos.lotoquebec.com/en/montreal/accueil

Por fim, conhecemos o Cassino de Montreal, na ilha ao lado, a Île Notre-Dame.

Não pode filmar a parte do cassino, mas a gente foi pra lá porque cassino sempre tem restaurante bom, bonito e barato, então fica a dica!

Dia 3

Place du Canada

Começamos o dia na Place du Canada. A ideia era conhecer mais da cidade, e de bike! A praça tem monumentos e até uma espécie de canhão, onde edifícios antigos se misturam com novos.

Cathédrale Marie-Reine-du-Monde

Visitamos, nela, a Cathédrale Marie-Reine-du-Monde.

Construída em 1875, é uma réplica em escala menor da Basílica de São Pedro, do Vaticano. As suas cores e ornamentos são diferentes, mas o formato é o mesmo. É belíssima e é patrimônio histórico nacional do Canadá.

A tradução para a catedral seria Maria a Rainha do Mundo. O objetivo era construir uma basílica no lugar da antiga Catedral Saint-Jacques, que havia sido queimada no Grande Incêndio de Montreal de 1852.

St. George Anglican Church

Site: https://www.st-georges.org/

Também na praça há a St. George Anglican Church. De 1990, é diferente por ser anglicana, da rainha! De estilo neo-gótico, seu interior tem painéis de madeira escura, e, interessantemente, não tem nenhum pilar. Sua tapeçaria é da Abadia de Westminster, onde a Rainha Elizabeth II foi coroada.

Square Docherster

Passamos na Square Docherster, onde estava tendo um evento fitness! Mas o que eu curti mesmo foi essa rede, haha!

Barbie Expo

Site: http://expobarbie.ca/en/

Let’s go the the mall! Paramos no shopping Le Cours de Montreal, pois, lá, havia uma exposição da Barbie permanente! Inúmeras barbies de várias épocas, países e personalidades!

Museu de Belas Artes

Site: https://www.mbam.qc.ca/en/

Passamos na frente do Museu de Belas Artes. Mas não entramos.

O Museu de Belas Artes de Montreal é um museu de renome internacional, com uma coleção de 43 mil obras, sendo a coleção de artes decorativas contemporâneas uma das maiores da América do Norte. São cinco prédios recheados de conteúdo.

Foi uma lástima não ter entrado nesse museu. É por essas e outras que eu acho que um ou dois dias a mais na cidade teriam feito a diferença!

Basílica de Saint-Patrick

Site: http://www.stpatricksmtl.ca/

Por fim, fomos na Basílica de Saint-Patrick. De estilo neogótico e de tradição histórica irlandesa, como as outras igrejas da cidade, é lindíssima, e vale a sua visita!

Mount Royal Lookout

Daí fomos até o Mount Royal Lookout, um mirante para se ver a cidade de cima. Nele, há uma trilha que leva até a Cruz de Mount Royal, com belíssimas visões da cidade.

Vídeo

Não deixe de ver nosso vídeo sobre a cidade de Montreal no canal do YouTube! Acessem!