Um dia nos Parques Nacionais Sequoia e Kings Canyon, na Califórnia, EUA. Passando pelo General Grant Grove, Cedar Grove, Zumwalt Meadow e pelo General Sherman Grove, apreciando as sequoias e os belos cânions!

Cânion dos reis e das árvores gigantes!

Árvores enormes. Gigantes. Árvores que não cabem direito na foto da sua câmera, que te fazem sentir tão pequeno… E não é uma só, nem duas, ou dez… São centenas! Desaparecem de nossa vista em instantes, e são rapidamente substituídas, em nosso campo de visão, por outras centenas. Assim são os parques nacionais Kings Canyon e Sequoia National Park.

Os dois parques, que são interligados, te permitem ver as duas árvores mais volumosas do mundo: a General Sherman e a General Grant. Duas fofinhas. E, claro, ao redor delas, inúmeras sequoias gigantes de tamanho de prédios! Também tem bastante natureza, um belíssimo rio, o Kings River, e também uma grande perfeição da natureza, que é o vale onde está Zumwalt Meadow, com seus belos prados verdejantes. Prepare-se para dirigir por horas e horas, mas saiba que cada ponto vai compensar a dor na bunda que eventualmente sentir de tanto ficar sentado!

Claro, não se pode deixar de citar John Muir, o escocês-americano que, um dia, se sensibilizou com o desmatamento que ocorria nos EUA e incentivou o presidente Roosevelt a fundar os parques nacionais, preservando, assim, o que há de melhor na terra do Tio Sam.

Neste post, você irá encontrar duas grandes seções. A primeira é um Mini-Guia, com respostas a perguntas mais frequentes acerca do parque; e a segunda é o relato, ou seja, todo o caminho que fizemos lá dentro e o que vimos.

Não deixe de ver o vídeo acima! É um vídeo divertido e bem animado de 5 minutos que fala sobre a nossa visita de maneira bem resumida. Assim, se preferir ver o vídeo ao invés de ler esse post, tá valendo! Acho que o vídeo ilustra o lugar bem melhor do que este post.

Importante mencionar que, se você estiver vindo de São Francisco ou do Yosemite, verá primeiro o Kings Canyon; se estiver vindo de Los Angeles, verá primeiro o Sequoia.

Eu, Igor, quem vos escreve, e o Kings River lá embaixo.

Visitamos os parques em Junho de 2018.

Índice

Este post tem o seguinte conteúdo. Você pode pular para o conteúdo desejado clicando nele!

Mini-Guia

Qual é o horário de funcionamento dos parques?

24h, todos os dias. Isso mesmo. Até porque existem áreas para acampar.

Não é pouca árvore, não! E estão disponívels 24h por dia, 7 dias por semana!

Quantos dias ficar?

Esse roteiro tem o objetivo de mostrar que você pode ficar 1 dia lá e fazer muita coisa. Mas tenha em mente que você também pode ficar uma semana inteira e não ver tudo. E, se quiser contato com a natureza, pode ficar uns dias acampando no Cedar Grove Village, só curtindo. Então o tempo que vai ficar lá depende do que quer fazer. Mas eu, se tivesse tempo, ficaria 2 dias. Um dia para cada parque. Seria menos cansativo e daria pra ver mais coisas.

Queria poder apreciar por mais tempo o Zumwalt Meadow no Kings Canyon. É fascinante.

Quanto custa?

A entrada, que vale para ambos os parques, é de $35 por carro, ou então $20 por pessoa, e dá direito a visitá-los por 7 dias, podendo entrar e sair quantas vezes quiser. Tire o carro e ponha o carro na hora que quiser! Para valores atualizados, acesse o site oficial.

Na entrada, eles também dão um mapa dos dois parques (e também do Sequoia National Forest) e um jornalzinho do lugar.

Os valores são de Junho/2018.

No General Grant Grove, com uma árvore caída, formando um túnel, vista de lado.

Onde ficar?

Você pode se hospedar dentro do parque, e inclusive acampar, ou então em uma das cidades mais próximas. Se estiver vindo de São Francisco ou do Yosemite, a cidade seria Fresno; se estiver vindo de Los Angeles, pode ficar em Visalia ou Hanford.

Se quiser se hospedar dentro do parque, tem as seguintes opções (todas elas caríssimas, diga-se de passagem):

Como todas as opções são caras e nem sempre você tem um rim disponível para vender e poder custear a hospedagem, tem também a opção de acampar na Cedar Grove, no Kings Canyon. Passamos por lá e havia tipo,
infinitas barracas com infinitas famílias, então é bem seguro. Eu ficaria lá! Improvável que um animal selvagem, por exemplo, invada um lugar com tanta gente.

Nós nos hospedamos em Fresno, no motel de estrada Days Inn by Windham Fresno South, perto da saída de Fresno.

Vale lembrar que motel, nos EUA, não é aquele lugar pra realizar loucamente atividades encomendadoras de herdeiros igual no Brasil. Na verdade, é só um hotel de beira de estrada, simples, onde os quartos já dão na rua.

Não. Você não pode se hospedar nessa cabana, haha!

O que levar?

  • Roupas de frio, mesmo no verão.
  • Protetor Solar
  • Chapéu
  • Botas ou calçados confortáveis para trilhas
  • Snacks para comer nos caminhos, que são longos
  • Água

Ah, se for de carro, não deixe de ir com o tanque cheio, pois não há posto de gasolina lá dentro. Se for ficar mais de um dia, convém ter galão de combustível reserva.

Se você não levar água, nem ouse tomar água do rio. Ele tem umas bactérias tensas.

Qual é a diferença entre os parques?

Ambos os parques possuem sequoias a se perder de vista mesmo!

A diferença é que no Sequoia, além de ter ainda mais, tem a General Sherman, sua grande atração principal, que é a árvore fofinha mais volumosa e pesada do mundo (embora não seja a mais alta). Tenho certeza que vai querer apertar suas bochechas!

Tanto o Kings Canyon quanto o Sequoia têm árvores bem grossas!

Por outro lado, o Kings Canyon tem a General Grant, a árvore segunda sequoia mais volumosa do mundo. E, óbvio, tem um cânion… Enorme. Mas não como o Grand Canyon, não é um deserto. Pense em uma área com montanhas e vales enormes e bem verdes, com pedras grandes e íngremes, penhascos quase verticais, por onde passa um rio, o Kings River. Essa beleza toda é apreciada em potência máxima na trilha da Zumwalt Meadows. Um dos lugares mais belos que já fui em minha vida, sem dúvidas.

No Zumwalt Meadows, do Kings Canyon, predomina o verde!

Qual é a melhor época pra ir?

Para sol e temperaturas agradáveis, vá de Junho a Agosto. Caso queira ver neve, visite de Dezembro a Abril.

Ambos os parques ficam nas montanhas, então quase sempre será frio.

O parque fica aberto o ano inteiro, 24h por dia, 7 dias por semana, então você pode visitá-lo sempre. O que ocorre é que, a depender das condições climáticas de neve, algumas pistas podem estar fechadas. Mas existem atividades de neve, como esqui e raquetes de neve. Além disso, deve ser lindo ver as sequoias em meio à paisagem branca, também!

Nós fomos em Junho.

Vou encontrar animais?

A resposta é: talvez. Como eles estão livres na natureza, tudo depende de sua boa vontade.

Você pode encontrar um urso, se tiver sorte (ou não, né?), mas é mais provável que veja esquilos e veados. Inclusive, acho super engraçado porque a vida toda eu vi placas no Brasil com um veado desenhado e nunca vi um veado na pista, sempre achei mó frustrante isso. Mas, lá no Sequoia, eis que um veado atravessava a pista enquanto dirigíamos. Mágico!

A lista de animais que você pode encontrar lá:

  • Texugos
  • Ovelhas
  • Raposas
  • Cervos
  • Leões da montanha
  • Gambás
  • Coiotes
  • Wolverines
  • Castores
  • Ursos pretos
  • Cobras
  • Rãs
  • Ratos Muskrats
  • Tartarugas
  • Aves
  • Peixe
Cervos fofos. Foi o que vimos!

Onde comer?

São duas opções de restaurantes, uma em cada parque.

  • General Grant Restaurant: o restaurante no Kings Canyon, que fica na General Grant Village, logo na entrada do parque. Foi a nossa escolha.
  • The Peaks Restaurant: o restaurante no Sequoia National Park, que fica a 10 minutos de carro da General Sherman.

Como são as estradas? Tem estrada de terra?

Todas estradas são pavimentadas, não há estradas de terra. Contudo, são bastante sinuosas, e frequentemente acompanhadas de um penhasco do mal do lado, haha! Dá um pouco de medo, mas é muito bem sinalizado e seguro. Siga na velocidade indicada e vá com fé.

Também saiba que irá dirigir até cansar a bunda e os braços. Entre os pontos principais, há alguns trechos de até 2h de distância. As estradas são, contudo, cênicas. Parávamos frequentemente para tirar fotos e apreciar a vista.

Observe que as estradas são sinuosas.

Os parques são acessíveis?

Isso é mara: sim, cadeirantes tem sua vez, já que as trilhas são pavimentadas e acessíveis por cadeirantes. Inclusive, no caso da General Sherman, cuja trilha é relativamente longa e desnivelada, inadequada para cadeirantes, há um estacionamento exclusivo mais próximo da árvore.

Qual é a diferença entre o Sequoia National Park e o Sequoia National Forest?

Se você olhar no mapa, vai ver que existem as duas variações. O Sequoia National Forest é uma região de preservação ambiental em volta dos dois parques, tanto o Sequoia quanto o Kings Canyon. Ao contrário do Park, O Forest não cobra entrada, não possui a mesma infraestrutura de trilhas, banheiros, acampamentos e estabelecimentos, e possui regras diferentes do Park (nós pudemos voar drone no Forest, enquanto no Park era proibido, por exemplo).

Você vai acabar inevitavelmente passando pelo Forest para chegar nos Parks, mas saiba que o que você deve visitar, pela infraestrutura, é o Sequoia National Park, e não o Forest.

Relato

Itinerário

  • 08:00 a 10:05 – De Fresno a General Grant Grove
  • 10:05 a 11:35 – General Grant Grove
  • 11:13 a 13:00 – Kings Canyon Scenic Byway
  • 13:00 a 14:15 – Zumwalt Meadow
  • 14:15 a 16:30 – Kings Canyon Scenic Byway – Volta
  • 16:30 a 17:15 – Almoço no General Grant Restaurant
  • 17:15 a 18:39 – Ida ao General Sherman Tree
  • 18:30 a 20:30 – General Sherman Tree

De Fresno ao Kings Canyon

08:00 a 10:05 (2h05min

Dormimos na noite anterior em Fresno, no motel Days Inn By Windham Fresno South, e partimos às 08:00 para o Kings Canyon. Quanto mais cedo, melhor. Nosso objetivo era passar pelo Kings Canyon, depois pelo Sequoia, e, então, seguir para Bakersfield, onde estava reservada a nossa próxima hospedagem.

Acordei e coloquei, com imensa dificuldade, calças que só tinha usado no começo da viagem. Acho que tinha engordado, ou então a calça encolhido. Julgando essa segunda possibilidade e ignorando a primeira, o café da manhã foi no McDonald’s ao lado do motel, haha!

A estrada para o Kings Canyon é bem tranquila e pouco sinuosa. Paisagem bela. Paramos no meio do caminho em uma venda de frutas e aproveitamos para comprar blue berries e cerejas, que são caras no Brasil, e, lá, compensam, então, fica a dica. Não precisa só se empanturrar de sanduíche, apenas, nos EUA. Até dá pra ser saudável!

Uma coisa que nos assustou é que, absolutamente DO NADA, surgiu um caminhão na pista contrária com a carreta mal encaixada, balançando loucamente. Deu o maior medo, mas, quando chegamos próximo dele, a carreta se estabilizou. Credo!

Kings Canyon

A Chegada

Chegamos no Kings Canyon, pagamos a entrada de $30 e pregamos o recibo no para-brisas do carro, como orientado.

Paramos no Centro de Turistas para motivos de utilização do banheiro, e sugerimos que façam o mesmo, já que haverá longas estradas e banheiros químicos com essência de cocô no ar.

Placa do Visitor Center do Kings Canyon.

General Grant Grove (Bosque General Grant)

10:05 a 11:35 (1h30min

Seguimos, portanto, para a primeira parada, o General Grant Grove. Para deleite da Liliam, que sempre teve o sonho de ver sequoias de verdade, era uma área tipo… lotada delas. Enormes e grossas, como no imaginário. Sequoia é mato lá. E não enjoa, pode crer. Acho que a coisa mais louca desse lugar é ter tanta árvore gigante num só ponto.

Um pedacinho da General Grant.

Chegamos perto dessa árvore aí e eu disse: “nossa, que árvore bela!”. Ela, que é um ser animado, respondeu: “sou linda mesmo, e minha beleza não é da sua conta, vá se lascar e cuidar da tua vida”. Pensei.. Caramba, que árvore grossa! E, de fato, essa fofinha aí é a General Grant, a 3ª árvore com o tronco mais largo do mundo.

Chama-se General Grant Grove porque é casa da General Grant. Ao chegar perto dela, eu disse: “nossa, que árvore bela!”. Ela, que é um ser animado, respondeu: “sou linda mesmo, e minha beleza não é da sua conta, vá se lascar e cuidar da tua vida”. Pensei.. Caramba, que árvore grossa! E, de fato, essa fofinha aí é a General Grant, a grande atração do lugar. Ela tem 1.700 anos e o tronco, em um dos seus pontos, possui o maior diâmetro — 12m de diâmetro. Fofa. Foi queimada inúmeras vezes e resistiu. Um exemplo de superação. Sua beleza, literalmente grandiosa, encanta.

General Grant foi proclamada a “Árvore de Natal da Nação”. Jingle bells… jingle bells… acabou papel. E ninguém vai ter mais porque precisa cortar árvore para isso.

Curiosidade: para abraçar a General Grant, seriam necessárias, em média, 20 pessoas. Loucura!

Curiosidade: também foi nomeada pelo presidente Dwight D. Eisenhower um Santuário Nacional. Uma homenagem viva àqueles que entregaram suas vidas para o país. Além disso, é considerada a “Árvore de Natal da Nação”.

De todo modo, tem muito a ver por lá. Vale a pena explorar a área por 1h30min, pelo menos. Você vai encontrar diversas trilhas.

O que nos chamou mais a atenção foram sequoias ocas que caíram e formaram túneis, pelos quais você pode atravessar. Imagina passar dentro de uma sequoia? Louco. Nós achamos duas, sendo que uma delas caiu inclinada em uma subida, então é uma bela de uma escalaminhada! Liliam ganhou até um presente da árvore: uma farpa. Se uma farpa de árvore normal incomoda na mão, imagina uma de uma sequoia!

Ah, se quiser ver melhor sobre como é entrar numa sequoia, veja no vídeo do YouTube clicando aqui.

As tais árvores ocas. A entrada e o interior de uma delas.
Visão de dentro de uma das árvores ocas. Parece uma caverna, não é?

Kings Canyon Scenic Byway: Estrada até o Cedar Grove

11:13 a 13:00 (1h47min)

Agora sim — a estrada até o Cedar Grove, que é cênica e tem paisagens do cânion em si, é bem longa. Além disso, é sinuosa, então você não pode pegar velocidade, a não ser que queira experimentar uma incrível montanha russa totalmente natural, com vários loops e, ao final, com possível explosão cenomatográfica do carro com você dentro dele. Massa. Então, vá na velocidade da via. Mas, por conta das curvas, você tem que dirigir muito e com atenção, do tipo em que você anda, anda, anda, e fica pensando se aquilo vai compensar a ida toda. Spoiler: compensa, sim!

Apreciando a paisagem no caminho.

O cenário da estrada varia. No início, são grandes montanhas. Depois, você chega perto do rio, o Kings River, e a vegetação fica mais verde. Enquanto isso, outros pontos são compostos por penhascos íngremes, com o rio lááá embaixo! Acho que, se a pessoa cair, ela morre de susto no meio do caminho (ô loko, meu).

O Kings River, que passa pela extensão Kings Canyon. Na maior parte das ve

Na ida, você não consegue parar nos mirantes, salvo alguns pontos, pois eles ficam no outro lado da pista. Deixe para parar na volta.

Cedar Grove

Aqui há um camping e cachoeiras, basicamente, além de trechos do rio. Muita, muita gente mesmo acampando. Clima legal.

Decidimos não parar aqui e seguir pro Zumwalt Meadows.

Zumwalt Meadows

13:00 a 14:15 (1h15min)

Agora, sim, a cereja do bolo! E não tô falando daquela cerejinha falsa que, na verdade, é chuchu. Não. This is America, baby. Lá tem cherry pra dar, literalmente, com pau.

A trilha da ponte.

A trilha até o lugar é curta e tranquilaça. Tem uma ponte no meio do caminho, no meio do caminho tem uma ponte. Nunca me esquecerei da dança que fizemos ali em cima, na vida de nossas colunas tão destruídas. Nunca me esquecerei de que no meio do caminho tinha uma ponte. Tinha uma ponte no meio do caminho. E, apesar de todo o meu melodrama, cuja referência não seria compreendida pelo Capitão América, dado que não é do país dele, e, se fosse, teria acontecido em seus momentos de criogenia, a ponte é de boa.

Girando loucamente a Liliam, mas o celular eu não largo.

E, assim que você chegar no Zumwalt Meadow em si, aprecie. Sério, aprecie o cenário. O vale muito cabuloso gerado por todo um processo de geleiras e sei-lá-o-quê (se tiver um geólogo me lendo, explica aí nós comentarios, por favor). Tem uma trilha, um pedaço do rio. Não compensa avançar muito. Assim que observar uma mata muito densa, já pode voltar.

Um espaço agradável para sentar e apreciar a natureza. Sentamos para dançar e fazer foto, haha! Nada de apreciação.

Dançamos loucamente e fizemos tipo, muitos vídeos. Muitos. Já viu o vídeo no nosso canal do YouTube? Pois veja, criatura!

A volta dos que foram

14:15 a 16:30 (2h15min)
Para ir para o Sequoia, você precisa voltar. E só tem um caminho. A vantagem é que dá pra parar em muito mais pontos. Recomendo que faça!

Almoço no Grant Grove Restaurant

16:30 a 17:15 (45min)

O almoço foi no Grant Grove Restaurant, que fica na General Grant Village. Foi uma comida um pouco cara e, para a nossa surpresa, foi pouco. Tipo, tudo nos EUA é exagerado, exceto nesse restaurante. Liliam pediu um Mac ‘n’ Cheese e eu peguei um frango, mega apimentado. O clima do restaurante é bem bacana.

Sequoia National Forest

General Sherman Grove

18:30 a 20:30 (2h)

Pegamos a estrada a General Sherman Grove. Estrada cheia de sequoias em ambos os lados.

A General Sherman. Linda, não?

A General Sherman Grove é o bosque onde está a General Sherman. Não é a árvore mais alta e nem a mais grossa do mundo, mas é a mais volumosa e pesada (uau, adorei o eufemismo aqui!). Ela tem 2.200 anos, um volume de 1.487m³, peso estimado de 1.385 toneladas e altura de 83,8m. Seu topo está morto, então não cresce mais, porém sua, base tem alargado.

Curiosidade: se enchessem a General Sherman de água, daria pra usar essa água para 27 anos de banhos diários de uma pessoa!

Curiosidade: Como estimam a idade de uma sequóia? Quando você corta transversalmente uma árvore, é possível ver seus anéis de crescimento e estimar sua idade. Porém, por motivos óbvios, cortar transversalmente uma sequóia causaria sérios danos a uma árvore tão larga. Então ele observam apenas os anéis exteriores da árvore. E comparam, com fórmulas matemáticas, com os anéis de tocos de outras árvores que caíram — dessas, sim, com idade mensurada. Esperto, não?

Dica: existe um estacionamento específico para cadeirantes nessa atração.

Na entrada do estacionamento da atração, um aviso pra lá de curioso: não deixar comida visível no carro, pois pode atrair ursos. Tinha até uma imagem de um urso invadindo um carro, hahaha! Gente, que medo. Estacionamos e escondemos todos os snacks espalhados pelo carro, haha! Nosso Camaro não merecia ser amassado por um urso. Será que o seguro cobriria isso? Haha!

Isso. Abraça a Sequoia carante.

A trilha para a árvore, lotada de sequoias, é interessante, porque é uma descida que começa justamente na altura do topo da sequoia. A cada ponto da trilha, tem uma placa dizendo em que altura da General Sherman você está.

Desvio para o Congress Loop: Ah, tem um caminho lá que leva para aquela árvore por onde você pode passar embaixo… Mas, como tínhamos passado por dentro de árvores no King’s Canyon, passamos por ela e fomos direto para a General Sherman.

A primeira vista da General Sherman também te faz ver a fila que a galera faz logo na frente dela. Embora a foto seja clássica, tenha em mente que existem inúmeros pontos para tirar foto com ela. Explore!

No fim das contas, gastamos tanto tempo na trilha e vendo as outras árvores, inclusive, que, quando chegamos na tia Sherman, ela estava já sem fila. Tiramos muita foto e fizemos vídeo! (já viram o vídeo no nosso canal do YouTube, aliás? Clique aqui e veja!)

Pulando por cima do nome da General Sherman!

Ah, aprecie a altura da árvore e pense: se a trilha para chegar foi uma descida da altura da árvore, então a volta é uma subida pra lá de indigna. Haha! Cansa mesmo. Alongue-se e volte!

Curiosidade: como uma sequóia vive e cresce tanto? Primeiro, elas têm taninos químicos na casca e na madeira que as fazem resistir a doenças, podridão e ataques de insetos. Confesso que queria ter esses taninos na minha pele também, é melhor do que produtos antienvelhecimento da Mary Kay! Segundo, a casca fibrosa e espessa fornece um excelente isolamento contra fogo. Com pouca seiva inflamável, não queima facilmente. Por fim, possuem raízes extensas, o que facilita a captação de água. São incríveis ou não?

Na volta, resolvemos pegar uma trilha diferente, no meio do nada, para ver o entardecer. Fomos seguindo uns franceses, mas eles acabaram indo muito rápido e ficamos pra trás. O objetivo era ver o Moro Rock, mas não deu tempo.

Tutorial de como se escorar em uma árvore.

Apreciamos, de todo modo, um belo pôr-do-sol dessa trilha. Só que, quando ficou escuro, pensamos naquele aviso do urso, e a gente tava fazendo a coisa menos recomendada possível: desviando da trilha principal, e no escuro, sozinhos, hahaha! Vimos um vulto. Era um mero veado, mas, no calor do momento, pensamos que fosse um urso ou sei lá. Saímos correndo PELA NOSSA VIDA, e isso porque estávamos mortos de cansaço (nessas horas surge uma energia do nada). Voltamos para a trilha, sãos e salvos. Ufa!

O Entardecer do Mal. Próximo filme de terror found footage que estará nos cinemas de estação a estação!

Sobre o Moro Rock

A ideia era irmos até o Moro Rock, um mirante após uma trilha, mas já estava escuro e fiquei com medo. Melhor não. Dizem que a vista de lá é perfeita, mas… não deu.

A volta

Nossa próxima hospedagem era na cidade de Bakersfield. Pegamos, portanto, a saída sul em direção a Visalia. É a estrada mais curvada da nossa vida. Tinha um monte de curvas em U em seguida. Quando fomos, estava sendo reformada, colocando proteção de cimento mesmo nas bordas, pra ninguém cair. Não pegue velocidade de jeito nenhum!

Jantamos em um In-out-burger na cidade Hanford. Foi um dia excelente. Espero terem gostado do relato!