Um salto de parapente na pré-cordilheira dos Andes, uma visita ao Aquário Municipal e um tour de bicicleta pelas praças do centro de Mendoza.
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No post anterior, estávamos aproveitando as maravilhas do tour Alta Montaña. Nele, conhecemos Uspallata, uma cidade nas montanhas; Los Penitentes, uma estação de esqui; Puente del Inca, um povoado com uma ponte natural muito pitoresca; e, por fim, o monumento do Cristo Redentor dos Andes, que fica na fronteira entre a Argentina e o Chile. Clique aqui para ler!
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Veja também o nosso vídeo musical no topo. Ele também engloba uma viagem a Foz do Iguçu, que fizemos junto desta. É um pouco antigo, mas é bacaninha!
Dia #3 (28/03/2016) – Radical, radical, radical!
Salto de Parapente
Subimos até o ponto do salto em uma 4×4.
O dia começou com um Salto de Parapente. Nós fizemos a reserva por meio de nosso hostel mesmo, o Hostel Suítes Mendoza, assim que chegamos na cidade. Já tivemos a experiência anteriormente durante nossa Lua de Mel em Santos, e, apesar do enorme frio na barriga na hora do salto, adoramos o negócio e já sabíamos que gostaríamos de fazer novamente!
Minha mãe, tadinha, que sofre horrores. Toda vez que viajamos, aposto, ela deve ficar em casa rezando loucamente para que nada de mal nos ocorra em nossas aventuras radicais. Agora, mais engraçada mesmo é a minha tia, que já chegou até a me ligar por mais de meia hora tentando me convencer de que as coisas que a gente faz são muito perigosas e que ela fica muito preocupada. Também te amo, tia.
Ocorre que a tal prática não é tão radical assim. Quando se ouve “Salto de Parapente”, talvez pense em salto de paraquedas. É diferente. Num salto de paraquedas, salta-se de um avião e daí rola um momento de queda livre com adrenalina total até o momento em que os paraquedas é ativado e “para a queda”. A partir de então, daí, o restante do tempo é planando até o pouso. Já no parapente, pula-se de um local alto, como, por exemplo, uma montanha, em que haja uma boa quantidade de vento. Esse salto, sim, a depender do lugar, dá calafrios. No entanto, não há queda livre. O trajeto inteiro é planando. O condutor, que fica atrás de você encaixadinho, consegue, inclusive, movimentar o parapente para cima, a depender do vento, e para os lados. Acreditem, é uma sensação muito gostosa. Mais apreciativo do que radical.
Liliam durante o parapente!
Curioso que, aliás, tenho um amigo que diz ter medo de altura, e ele já fez esse vôo de parapente em Mendoza. Foi ele que recomendou que fizéssemos. Ora, se uma pessoa com medo de altura fez, por que você não faria? Perca o medo!
A empresa nos buscou no hotel com uma 4×4, e nos levou até o ponto da montanha em que saltaríamos. Devo dizer que essa foi a parte mais radical do negócio, já que a estrada era de terra e muito, muito estreita, mais estreita do que a subida do Cristo Rendetor dos Andes.
Deixamos nossos pertences no carro. No topo, não houve demora alguma. Já nos colocaram os equipamentos, emprestaram-nos uma GoPro (que não tínhamos) e, quanto menos imaginávamos, estávamos voando.
O salto em si não foi tão tenso porque a montanha não é muito íngreme, diferente de nosso salto do Pico da Asa Delta, em Santos, em que a gente pulava diretamente em uma espécie de abismo maligno maléfico do mal.
Eu no parapente!
O vôo, portanto, foi tranquilo, e deve ter durado algo de 15 a 20 minutos, o que é normalmente menos do que eles dizem ser, mas, ao mesmo tempo, compreensível, já que o controle não é totalmente preciso. Faz bastante frio lá em cima, o que significa: vá agasalhado! As visões do tipo são o que se espera de uma região semi-desértica: monocromática e com os andes ao fundo. Vale demais!
Descemos no local de pouso e esta é a parte que me dá um medinho… Pensei: se eu ficar com as pernas duras no chão, elas vão se quebrar? Oh, céus, oh, vida! O que fazer? Estender as pernas? Recolher? Que indecisão! Decidi levantá-las e cair de bunda no chão, haha! (o que é péssimo para o condutor, que tem que arcar com toda a responsabilidade de parar o parapente)
Enquanto isso, Liliam pousou like a boss. Ela é sempre mais corajosa e habilidosa nessas coisas. Corajosa até demais!
As fotos da GoPro eles deixaram a gente simplesmente copiar para o celular usando um cabo USB em um notebook deles!
Sãos e salvos!
Lá na área de pouso já estava a 4×4 nos esperando com nossos pertences. Eles mesmos nos conduziram de volta para a cidade.
Aquário Municipal
Jorge, a tartaruga centenária, e Liliam. Aparentemente curiosa com a humana.
Liliam adora vida animal, principalmente a aquática, então fomos visitar o aquário de Mendoza. É composto por corredores com aquários pequenos contendo diversas vidas marítimas, e é bastante simples. A principal atração atende pelo nome de Jorge, que é uma tartaruga marinha centenária resgatada em 1984 e que vive, desde então, ali. Engraçado que, quando você chega perto, ela se aproxima também, parece gostar dos visitantes. Uma graça e um show de vitalidade! É para se lembrar dela toda vez que se sentir velho e coroca.
Se estiver passando perto, é uma boa pedida.
Bicicleta pelas Praças do Centro de Mendoza
O restante do nosso dia foi dedicado a exploração das 5 praças no centro de Mendoza. Importante lembrar que o centro de Mendoza não é como um centro de uma cidade tradicional e é muito tranquilo e bonito, cheio de famílias passeando, com taxa altíssima de fertilidade. Não tomando os contraceptivos corretamente, há riscos de respirar o ar de Mendoza e ficar grávida. Fora isso, passeio totalmente seguro.
As praças são:
Plaza Independencia;
Plaza San Martin;
Plaza España;
Plaza Itália; e
Plaza Chile.
Observar que a Plaza Independencia fica no centro, enquanto as outras ficam em quatro cantos, igualmente espaçadas.
Fizemos o passeio de maneira totalmente autônoma. Turistas podem alugar as chamadas bicicletas verdesgratuitamente na Plaza Independencia. Basta mostrar o seu RG e um comprovante de que está hospedado na cidade. Daí você terá acesso às bikes por um período, podendo renovar o aluguel gratuitamente em estações espalhadas pela cidade, caso não haja demanda.
E depois dizem que nossos hermanos não são legais!
Os canais estão espalhados por todo canto!
Dessa forma, alugamos as bicicletas e fomos passeando pelas praças na ordem que enumerei lá em cima. Cada praça possui um monumento diferente que vale ser fotografado. Pode-se fazê-las em qualquer ordem, não creio existir uma prioridade. Infelizmente, não há ciclovias e, portanto, andamos com as bicicletas no meio da calçada. Todo o cuidado é pouco. Mesmo assim, a cidade é bem vazia e há de ser tranquilo.
A seguir, fotos do trajeto.
Monumento da Plaza San Martin. Selfie de baixa qualidade, a gente se vê por aí.
Um descanso na Plaza España.
Gostamos dos bancos da Plaza España!
Em direção ao entardecer, na Plaza Itália.
Monumento da Plaza Chile.
Uma linha de trem em Mendoza.
Por fim, voltamos para a Plaza Independência! Selfie podre novamente, ativar!
Finalizamos o dia na Plaza Independencia curtindo uma banda que se apresentava no meio da praça. Ela me chamou a atenção instantaneamente porque eles tocavam uma versão de Around the World, do Daft Punk, e eu, como fã incondicional do duo francês de robôs, saí correndo pra filmar. A parte da música que tava tocando era justamente aquela em que eles estavam cantando “Around the World”. Imperdível. Quando cheguei, já havíam terminado a música! E passaram a tocar a mais famosinha Get Lucky. Quais as chances de um negócio desses, haha!
Mendoza é isso, é qualidade de vida. Como não amar essa cidade?
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