Grand Hotel do Grand West Casino

Em clima de despedida, em uma noite, visitamos o GrandWest Casino e vimos um show do Blue Man Group. Na outra manhã, encontramos guepardos no santuário Cheetah Outreach.

Previously on S2S’s Cape Town Trip

No post anterior, visitamos as cidades históricas de Stellenbosch e Franschhoek em um tour de vinhos. Se foi bom? Foi ótimo! Confere aqui.

Olhei aqui no relógio e descobri que tá na hora de ver o vídeo no topo do post! Porque ele é muito divertido e você vai se divertir também com ele! Principalmente porque dançamos Waka Waka feito retardados!

O índice contendo todos os posts e várias perguntas e respostas sobre a Cidade do Cabo está aqui.

Dia #5.2 (21/03/2017): A Little Gambling is Fun When You’re With Me

GrandWest Casino and Entertainment World


Quem leu o post anterior sabe que esse era o dia do nosso aniversário de casamento. Dois anos casados! Aparentemente, surgiu alguma espécie de tradição por mera coincidência. Estávamos, no ano anterior, em Puerto Iguazú, na Argentina, num restaurante muito lindo do Grand Casino Iguazú, comemorando um ano de casamento. E, então, na segunda comemoração, eis que estávamos novamente em um cassino, o tal do GrandWest Casino.

O Mago Clow diz que na vida não existem coincidências, apenas o inevitável. Lady Gaga, também conhecida como mother monster, por outro lado, declama poeticamente que “um pouco de jogo é divertido quando você está comigo”. Em que cassino passaremos o terceiro ano? Só o futuro sabe.

Pois bem, nós resolvemos ir ao cassino porque aconteceria lá um show do Blue Man Group, e Liliam estava louca para ir. Sim, aqueles caras de pele azul da TIM, viver sem fronteiras. Já tivera a oportunidade de ir em um desses em Las Vegas, porém essa oportunidade estava somente em seus sonhos, pois, para ser concretizada, era necessário ter alguns dólares não imaginários. Assim que soube que teria na Cidade do Cabo e com a gente lá, entrou em desespero. Tentamos comprar os ingressos antecipadamente pelo site, pelo telefone, e não conseguimos de jeito nenhum. Pelo visto, perderia essa chance novamente. O negócio era arriscar ir ao cassino sem ingressos e comprar na bilheteria, caso ainda houvesse vaga. Spoiler: havia, eram as últimas, deu tudo certo gente!
Porém, para a nossa surpresa, e ao mesmo tempo depressão por síndrome de vira-lata, assim que chegamos no cassino ficamos completamente impressionados/indignados/recalcados com a magnitude da construção. PQP. O negócio ocupava uma quadra inteira e se parecia com um castelo. Vá se lascar, Cidade do Cabo. Por que você tem que ter coisas que o Brasil não tem?

Tá, mas não tínhamos muito o que ficar olhando, entramos e corremos para a bilheteria do teatro, um tanto impressionados com os caminhos, mas olhando de soslaio, já que o objetivo era conseguir uma vaga no show. E, assim que conseguimos um ingresso para as cadeiras superiores, já entramos no teatro e aguardamos pelo espetáculo.
Sobre o show. É muito massa. Consiste em um musical intercalado por momentos engraçadinhos, por vezes com um certo humor ácido, e em outras situações com humor ao estilo Teletubbies. Ou seja, tem suas partes chatinhas feitas para crianças, no entanto as músicas e seus acompanhamentos visuais são tão espetaculares que basta ser um apreciador de arte para curtir muito. Acho que não me cabe neste blog contar tudo o que acontece, então fica somente a minha recomendação, para o caso de terem a oportunidade de presenciá-los – não pensem muito, apenas vão.

Assim que saímos do show, fomos conhecer o estabelecimento propriamente dito. Liliam rapidamente comparou-o com os hoteis de Las Vegas, visto que o interior se assemelhava arquiteturalmente a lugares externos de outros países. Havia uma parte que era bem tipo o The Venetian, exceto que ao estilo árabe, por exemplo, e muito convincente, até a atmosfera era bacana. A parte com as máquinas também era espetacular, e os tetos sempre muito bem ornamentados, cheios de detalhes. Havia também uma quadra de hockey, que, por sinal, era geladérrima.
Quem já visitou cassino sabe que, infelizmente, eles não deixam tirar foto de tudo. É só você apontar o seu celular que rapidamente aparece um guardinha do nada pedindo para que não tire foto pelo amor de todos os deuses existentes no mundo. É um desespero enorme, e é para isso que são pagos, aliás. O quê? Você está dizendo que seguranças servem para garantir a segurança do local, já que ali circula uma grana infinita? Engana-te. Eles ficam escondidos como ninjas, e o único objetivo deles é impedir que você tire foto de algo.  Então existem muitos pontos do cassino que são fodas e que não pudemos tirar fotos. Peninha.

O cassino oferece um monte de restaurantes chiques para ter uma experiência bem legal, todavia, mesmo sendo nosso aniversário de casamento, optamos por um KFC na praça de alimentação mesmo, porque já havíamos gastado muito dinheiro na viagem e não queríamos ficar (mais) pobres. Pedi um combo de asinhas de frango empanadas, o que foi a coisa mais ridiculamente barata da viagem, porém o que eu não sabia é que viriam extremamente apimentadas. Não me levem a mal, adoro pimenta. Mas estava demais. Foi dolorido comer. Evidentemente, foi, no outro dia, dolorido sair também. É pra atacar as hemorróidas de qualquer um. Então, muito cuidado com KFC lá na África do Sul se você não for muito fã de pimenta. Liliam pediu um wrap e foi feliz.
Depois de andar mais um pouco pelo cassino, saímos e tiramos fotos no lado de fora, onde também há muito a se observar. Pedimos um uber e voltamos para o nosso airbnb, pois, no outro dia, acordaríamos cedo para aproveitar nossa última manhã na Cidade do Cabo.

Dia #6 (22/03/2017): Quem aí gosta de comer cheetos?

A saga do Aeroporto

Nosso vôo de volta era ao Brasil era às 17:15, e o Cheetah Outreach, que seria nosso último passeio, ficava longe, 45km distante de onde nossa hospedagem e além do aeroporto. A ideia, então, era sair de nosso apartamento no Airbnb, pegar um Uber até o Aeroporto, deixar as malas em um locker, pegar um Uber para o Cheetah Outreach, e, depois, pegar outro para o Aeroporto de volta.

E foi precisamente o que fizemos.

Quanto aos lockers, foi tranquilo, e eles cobram diária de 15 rands por unidade, e só aceitam dinheiro.

Cheetah Outreach

O Cheetah Outrech é uma reserva de preservação de guepardos com fins educacionais. Nela, você pode interagir com os animais, que estão todos muito bem tratados. Você paga 130 rands por um tour e pelo encontro. Tem de ser em dinheiro, mas existe um caixa ATM lá, caso precise. Nesse tour, também há a oportunidade de conhecer outros animais tipicamente africanos, como suricatas (oi, Timão). Explosão de fofura!

Curioso também foi termos visto, à distância, uns veados. Perguntamos ao guia se eram da reserva, e eles disseram que não, que viviam ali. Olha só que coisa louca. Nessas horas que faltou aquela câmera com um zoom dos bons para tirar uma foto. Fica para outra oportunidade.

Importante enfatizar que se trata de uma unidade de preservação sem fins lucrativos, e que os animais são realmente muito bem tratados. Os guepardos, por exemplo, pela necessidade que possuem de correr, ficam em lugares bem amplos e que se assemelham a um ambiente natural.

Para o encontro, tivemos que guardar todos os nossos objetos em um armário, inclusive qualquer coisa que estiver nos bolsos, pois qualquer movimento estranho (por exemplo, um objeto caindo) pode chamar a atenção dos guepardos, o que, bem, poderia nos transformar em sacrifícios humanos, o que seria ótimo para eles, suponho, já que não precisariam gastar dinheiro com ração, e daí, mesmo sem esse fim, obteriam lucro. Mesmo assim, eles insistem que o negócio é seguro. Estávamos literalmente pagando para ver. Somente é permitido levar um celular, e este deve ficar com a guia, para que ela registre o encontro.

Pois entramos no ambiente de um dos guepardos bem de fininho mesmo, como numa ação furtiva e guiada, e fizemos uma fila para tocar em um deles, que estava dormindo. Não parecia dopado, não. Dormindo mesmo. Até porque existiam outros nos demais ambientes correndo por aí. Interagimos rapidinhos e já saímos. Foi bacana.

E foi basicamente isso.

Curiosidade: na volta até o Aeroporto, vimos um monte de vacas atravessando uma passarela suspensa de uma rodovia. Confesso que não sei o que dizer sobre isso, só sentir. 

Caravela que um dia arrancou monstruosamente pessoas deste continente para servirem como escravos.


É o fim

Foi o fim de nossa viagem. Voltamos ao Aeroporto, pegamos o nosso avião, que parou em Luanda, e, depois, chegou em São Paulo. Lá, aproveitamos alguns dias ainda na cidade paulista, e voltamos para Brasília. Espero que tenham adorado os nossos posts na África do Sul (só ter “gostado” não serve, risos), e, se você não leu os outros… leia! Muito obrigado a quem nos acompanhou até aqui. Que saudade!

Até!

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