Previously on S2S’s Thailand Trip
No dia anterior, estávamos nas ilhas Phi Phi, aproveitando belas praias. Confere
aqui.
O índice com todos os posts da Tailândia está
aqui.
Como sempre, se ainda não viu, aviso: não deixe de ver o vídeo no topo do post.
Dia #10 – Indo para Railay Beach
Como se vê, a beleza de lá é algo difícil de explicar.
Coisa engraçada foi que o barco, dessa vez, não parou em nenhum pier, simplesmente porque não existia. Ele parou no meio da praia, ainda na água, e tivemos que sair carregando as malas no alto até a areia. Bem chato.
Hotel Railay Princess
Fomos andando até o nosso hotel, o Railay Princess, pois dessa vez não havia ninguém ali para carregar nossas malas. Aproveitamos para descansar e curtimos um belíssimo pôr do sol com essa visão cênica em na piscina de borda infinita do nosso hotel.
Nossa janta foi no restaurante do hotel mesmo. Eu pedi um pato. Achei ótimo. Uma carne bem diferente mesmo. Me impressionei com o capricho da montagem do prato.
Dia #11 – Infecção Alimentar
Infelizmente nessa noite eu comecei a me sentir mal. Diarreia. Não tardou e passei a vomitar também. Estava perdendo muito líquido e ficando muito fraco, então pedimos na recepção que chamassem um médico. Como não havia hospital na ilha, somente umas “clínicas” que na verdade se pareciam mais com farmácias, e em qualquer situação de emergência existem médicos que atendem no próprio hotel.
Prontamente, eles chegaram com uma equipe, fizeram algumas medições em mim, e me colocaram soro na veia. Montaram tudo no quarto bem rápido. Coletaram amostra de sangue, injetaram medicamentos na veia, receitaram alguns remédios e disseram que voltariam em breve.
Assim, até o fim do dia, eles voltaram periodicamente em meu quarto para ver se eu estava bem e para injetar mais medicamentos. Acho que foi um trabalho até muito bom. Ao final, tiraram o soro da minha veia e jogaram a agulha e todo o resto no lixo do banheiro (ugh, bizarro).
Foi um dia inteiro perdido. Não dou conta de fazer nem piada, foi muito ruim.
Quanto ao plano de saúde, havíamos contratado o Assist-med. O procedimento foi simples. Liliam entrou em contato com eles via Skype, o que gastou um tempo, mas ela conseguiu, depois ela teve de enviar um e-mail para eles e para a clínica. Após isso, da clínica, a Liliam ligou para eles, e, a partir de então, eles passaram a se comunicar diretamente com a clínica. Foi tudo transparente e eles mesmos pagaram todas as despesas.
Dia #12 – Phra Nang Cave Beach
Phra Nang Cave Beach, também conhecida como caverna das pirocas
Acordei melhorzinho, mas não 100%, eu diria uns 70%, dava pra sair. Decidimos ir de manhã para a Phra Nang Cave Beach, uma tal de uma praia cheia de pirocas e com uma caverna bem legal. É possível acessar o local de várias formas: por trilha, caiaque ou tour. Nossos amigos de viagem haviam visitado no dia anterior e foram de caiaque. Nós fomos pela trilha, basta seguir as placas que não tem erro.
O caminho da praia é muito bonito e com umas formações rochosas bem diferentes. Deu pra tirar várias fotos. É possível avistar alguns animais da região e ver as entradas para outras trilhas que acessam regiões mais altas da ilha e são pontos de fuga em caso de Tsunami. (Bom saber onde ficam, mas espero não ter que usar nunca!)
Chegamos na tal praia e a primeira coisa que chamou a atenção foi, óbvio, o monte de pirocas jogadas no canto. Pirocas de todos os tipos, brancas, azuis, amarelas e pretas. Grossas, finas, vascularizadas. Ora homogêneas, ora com a ponta vermelhinha. O que eu acho muito louco é que esse monte de piroca é coisa séria. É um local sagrado. Pela deusa da fertilidade. Fiquei me perguntando onde estavam as pepecas, afinal de contas não existe fertilidade só com uma piroca, não até onde eu saiba.
Exploramos a praia e a caverna que existia lá dentro. O acesso é pela água e você acaba se molhando um pouco. Como é um tanto úmido, melhor tomar cuidado para não se escorregar nas pedras. Há alguns trechos mais escuros para passar. Não se preocupe pois a laterna do celular tem iluminação suficiente pra você passar com segurança.
Continuamos explorando as cavernas. No final tem uma saída para o mar muito interessante. Vale super a pena dar uma caminhada por lá! É uma paisagem única!
No fim, fiquei na praia sentado e observando a paisagem enquanto a Liliam dava uns mergulhos. Não estava me sentindo tão bem para fazer o mesmo. Foi agradável e descansei bem em uma boa sombra. Se você curte ver peixinhos a dica é levar seu snorkel para ver toda a biodiversidade da região. E, se gosta de boiar em águas calmas do mar, a visão que se tem do paredão de pedras e estalactites é impressionante! Recomendadíssimo! Pra quem curte escalada há vários instrutores com equipamento pra turistas inexperientes tentarem a sorte nesses paredões.
Na volta, vimos uma espécie de lagarta gigante transgênica, ou sei lá o que era aquilo. Mas era muito grande!
Diamond Cave
Voltamos para o hotel e dormimos um pouco. Aproveitamos para conhecer mais um pouco dele, que é realmente um resort lindíssimo. Depois decidimos ir para a tal da Diamond Cave.
Railay Beach
No meio do caminho vimos macaquinhos por todo canto! Ande com sua comida escondida ou eles podem acabar sendo atraídos pelo cheiro e o som dos pacotes e roubarem de você. Quando chegamos na Diamond Cave, ela estava fechada. Que pena. Mudamos os planos e fomos ver o pôr-do-sol na Railay Beach, que é fantástico. Podem conferir. Haviam bambus iluminando a praia com algumas esteiras para quem quisesse curtir o ambiente. Super romântico! Aproveitamos pra deitar enquanto tomávamos uma água de coco e ficamos impressionados com a quantidade de morcegos voando muito alto no céu. Curioso que haviam vários pontinhos de luz das pessoas que estavam fazendo trekking nessas formações montanhosas tão tipicamente tailandesas. Quanta coragem!!!
E essa seria a nossa despedida de Railay Beach, pois tínhamos um avião para a manhã do próximo dia… Mas….
Dia #13 – Infecção Alimentar, o Retorno + Diamond Cave + Lebua
Para o nosso desespero, Liliam começou a passar mal na noite anterior e os sintomas eram os mesmo. Também ela pegara infecção alimentar. Foi uma noite bem ruim, sobretudo porque tínhamos passagens para Bangkok logo no outro dia, de manhã. Perdemos. Todos os amiguinhos foram e nós ficamos.
Quanto ao plano de saúde e tudo mais, foi o mesmo procedimento. Chamamos um médico pela recepção do hotel e segui os mesmos passos que a Liliam com o seguro. Dessa vez só veio uma enfermeira para cuidar dela. Liliam ficou até bem antes do meio dia do outro dia e acho que poderia ir até embora, mas a enfermeira não queria dar alta, então tivemos que pagar uma caríssima diária no hotel para ficar lá mais 3h. E ainda nos fizeram mudar de quarto! Um absurdo!
Contudo, mal sabíamos que a clínica que fora contratada havia sido outra. Ou seja, existe mais de uma clínica lá! Então estava enviando e-mails e contactando o seguro para que pagasse outra clínica. Resultado, quando a mulher veio dar alta para a Liliam ela chegou coma conta de aproximadamente 20.000 bahts. Levei um susto e fiquei desesperado, pois não tinha como pagar aquilo. Disse que na outra vez o seguro havia cuidado de tudo, e não entendia por que estava recebendo uma conta dessa vez. Foi aí que descobrimos que a clínica era outra.
Daí foi todo um processo burocrático até fazermos o seguro direcionar o dinheiro para outra clínica, muita dor de cabeça. Para garantir o dinheiro, a enfermeira sempre retém o passaporte da paciente. Então ficamos esperando essa mulher chegar com o passaporte. Quando nos deu a alta e entregou o passaporte, disse-nos que Liliam teve febre, e, portanto, não poderia pegar uma avião naquele dia, somente no outro. Tocamos um foda-se e compramos uma passagem da AirAsia para Bangkok para a noite do mesmo dia, marcamos um long-tail boat e um transfer para o aeroporto.
Aproveitamos para nesse meio tempo ir até a Diamond Cave. Por que não? É até bem interessante. Cheia de morcegos e bem fechada mesmo, porém colocaram diversos spots de luz e de cores distintas, então foi bem legal. O cheiro é meio forte e você consegue ouvir sons emitidos pelos pequenos mamíferos parceiros do Batman. Pra quem tem claustrofobia não recomendamos.
Voltamos para o hotel, pegamos nossas coisas, e vazamos de Railay Beach, em direção ao Aeroporto. O dia estava lindo, e estávamos indo embora de um lugar paradisíaco com uma certa dor no coração, mas, ao mesmo tempo, com alívio, por conta do que passamos. Foi um pequeno trecho de barco e um longo trecho de carro. Diga-se de passagem, o trecho de carro é muito bonito.
O Aeroporto de Krabi é bem ruinzinho e não tem quase nada pra comprar, então estejam avisados.
Lebua At State Tower
O avião partiu a tempo e chegamos pelas 10h da noite em Bangkok no hotel Lebua at State Tower, o famoso hotel do Se Beber Não Case – Parte II (The Hangout – Part II). É um hotel 5 estrelas cabuloso, e pegamos uma diária só pra ostentar (muito embora a diária tenha sido até barata, em torno de R$400). Nosso quarto era no 57º andar e o tamanho era assustador.. acho que pelo menos o dobro do nosso apartamento. Bem luxuoso mesmo. Pra ter uma noção nosso quarto de hotel era mais alto que o maior prédio da América Latina, o Sky Costanera que fica no Chile.
Subimos até o icônico Skybar, onde tiramos algumas fotos… apesar de que em alguns ângulos não podia, tinha um guardinha lá cuja missão aparentemente era somente ficar pedindo para as pessoas não tirarem foto. Trabalho chato.
Óbvio que não estávamos dispostos a vender o nosso corpo para pagar sequer uma água no restaurante, o Sirocco. Não tivemos coragem.
Depois nos reunimos em um dos apartamentos dos coleguinhas, jogamos conversa fora, e fomos dormir. Enquanto passamos mais um dia em Railay nossos amigos tiveram um dia a mais em Bangkok que usaram praticamente para fazer compras. Eletrônicos não valiam muito a pena mas a mulherada aproveitou pra renovar o estoque de cremes e perfumes.
Dia #14 – The End
Por fim, acordamos, andamos um pouco pelo hotel e tomamos o café da manhã deles, que era super completo e tinha até, pasmem, sushi. Não tive coragem de comer muita coisa porque ainda não estava me sentindo 100%. O café da manhã desse hotel é de longe um dos mais completos que já vimos. Nos lembrou muito aqueles de cruzeiros pois tinha os lanches separados por categorias então você encontrava facilmente comida ocidental, como waffles, pães e embutidos, assim como alimentos tipicamente orientais tal qual sushi e pad thai além várias frutas locais. Enchemos bem o bucho pois o vôo seria longo.
Pegamos cada um um Uber para o Aeroporto e voltamos para o Brasil.
Dessa vez, na escala em Doha, ficamos somente no Aeroporto, e aproveitamos para conhecê-lo. Ele é gigante e tem muita coisa pra ver. Tudo fica aberto 24h por dia. São fornecidos carrinhos pra você transportar seus pertences de mão. Gostaria que essa moda pegasse em outros aeroportos. Uma coisa interessante do aeroporto é que ele possui algumas salas de descanso espalhadas, em que é possível dormir espichado mas são separados por gênero. O único problema é que, embora se peça silêncio, sempre tem alguma pessoa sem noção fazendo muito barulho.
É isso aí, pessoal, esse foi o relato de nossa viagem. Espero que tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever e qualquer coisa entrem em contato aí nos comentários que terei o prazer de tirar qualquer dúvida!